A CORRIDA NÃO É SEMPRE PARA O MAIS RÁPIDO...... MAS PARA AQUELE QUE CONTINUA CORRENDO.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

CORRIDA CONTRA O TEMPO


Corrida contra o tempo
A medicina derruba a noção de que se deve diminuir o ritmo dos exercícios depois dos 50 anos. Correr com intensidade é parte da receita para uma velhice com qualidade de vida

Paula Neiva


O aumento da longevidade é um fenômeno mundial que impõe uma série de desafios, como melhorar a qualidade de vida durante a velhice. Um grupo de médicos da Universidade Stanford, nos Estados Unidos, acaba de dar uma colaboração nesse sentido. Na semana passada, eles divulgaram uma pesquisa elaborada ao longo de duas décadas que aponta a corrida como um ótimo aliado para retardar as conseqüências nefastas do envelhecimento. Os pesquisadores investigaram ainda se os riscos de lesões musculares e nas articulações, comuns entre corredores, representam uma ameaça aos benefícios que o exercício pode oferecer a quem tem idade avançada. A probabilidade de lesões no grupo de corredores, mostra a pesquisa, é compatível com a de pessoas que não correm. "Um dos maiores entraves à prática de corrida por pessoas mais velhas é a crença equivocada de que esse exercício é desgastante demais para o organismo de quem já passou da faixa dos 50 anos", disse a VEJA o médico americano James Fries, especializado em doenças reumáticas e envelhecimento, um dos autores do estudo. De acordo com a pesquisa, pessoas acima de 50 anos que praticam corrida regularmente vivem mais e desfrutam uma qualidade de vida melhor na velhice (veja o quadro). Segundo os pesquisadores, tais benefícios valem também para outros exercícios aeróbicos vigorosos, como pedalar e caminhar em ritmo acelerado, principalmente quando se provoca o suor e o coração trabalha perto de 85% de sua freqüência cardíaca máxima.

Para chegar a tais conclusões, os pesquisadores americanos acompanharam 961 pessoas que tinham entre 50 e 72 anos de idade no início do estudo, em 1984. Os participantes foram divididos em dois grupos. Um deles era formado por pessoas que corriam, em média, quatro horas por semana – tempo que encolheu para 76 minutos semanais no final da pesquisa. O outro grupo era composto de sedentários ou praticantes de atividades físicas leves ou moderadas. Ao longo das duas décadas seguintes, com o aumento da idade dos participantes, ambos os grupos registraram um acréscimo nos índices de fragilidade física para o desempenho de tarefas cotidianas. Entre aqueles que praticavam corrida, a incapacitação apareceu, em média, dezesseis anos mais tarde. As taxas de mortalidade relacionadas a algumas das principais causas de óbito entre idosos, como distúrbios cardiovasculares e neurológicos, câncer e infecções, também foram maiores entre os não-corredores.

A questão que aflige muitos corredores tardios é a quantidade de exercícios para não incorrer em exageros. Responde o médico James Fries, de Stanford: "Se a pessoa não tiver dores, não existe um limite máximo. A maioria dos benefícios é obtida com três horas semanais de corrida, distribuídas em meia hora diária, seis dias por semana". Correr melhora a capacidade cardiorrespiratória. Além disso, o impacto dos pés contra o solo ajuda a fixar o cálcio nos ossos e, dessa forma, é um bom auxiliar na prevenção da osteo-porose. A doença, que deixa os ossos fracos e quebradiços, atinge 200 milhões de pessoas no mundo, 10 milhões delas no Brasil. Recomenda-se associar corrida a exercícios de força e alongamento, para fortalecer a musculatura e diminuir os riscos de lesão. "Depois de ter um estiramento muscular enquanto corria, aprendi a não deixar de fazer o aquecimento e a musculação", diz o dentista paulista Benedicto Bassit, 71 anos, que pratica corrida regularmente há quinze. Bassit diz que a corrida é uma parte indispensável de sua rotina. "Casei há um ano e minha mulher, apesar de ser mais nova que eu, não corria. Eu disse que só casaria se ela também começasse a correr. Funcionou", conta.

A corrida se popularizou muito no Brasil na última década. A Corpore, o maior clube de corredores de São Paulo, registrou aumento de 311% no número de cadastros nos últimos cinco anos. A modalidade conquista adeptos, principalmente, porque proporciona resultados rápidos. "Começar a correr desencadeou uma série de mudanças nos meus hábitos de vida. Fiz novos amigos, passei a me alimentar melhor e ter um sono reparador", diz o engenheiro paulista Sergio Bertocco, de 50 anos, que corre entre uma e duas horas cinco vezes por semana. Ficou para trás o tempo em que pessoas na idade de Bertocco recebiam orientação médica para moderar nos exercícios daí para a frente.







Artigo retirado da revista VEJA edição 2074

Até já

3 comentários:

  1. José

    Li este teu tema com interesse, pois é sempre salutar saber que a prática da corrida nos traz benefícios numa longevidade com saúde (o que não significa que não hajam problemas para quem tem já deficiências por exemplo cardíacas).

    Vou contar aqui uma situação (embora o tenha feito num outro blogue com uma temática diferente mas no entanto coincidente com o aqui exposto).


    A um amigo meu de Famões (que não tinha a prática de corrida), incentivei-o a correr. Ele tinha várias maleitas de saúde. Começou a praticar (um ano depois fez uma maratona comigo) ficou bom do "Castrol" e ácido úrico, mas emagreceu. A mulher não gostou pois quando ia à santa terrinha, os familiares diziam que ela andava a tratar mal o marido pois ele coitado estava muito magrinho, e ela não descansou enquanto o marido não desistiu de correr, e ele parvamente fez-lhe a vontade.

    As maleitas da saúde vieram, mas estava gordinho, ela já podia morrer em paz.

    Um abraço!

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  2. Apenas alguém que dá as suas corridas e que achou o sou local intersante.
    Cumprimentos

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  3. Olá Mário
    Essa é boa.:))

    Também já passei por isso faz 2 anos estava mais magro e no serviço só me perguntavam se estava doente.

    com os cumps
    J.lopes

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